Parte III
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Na faixa 44, a Sedução do Calypso, de
Belém, com a canção ‘Insônia’. A música é legal, a cantora é legal, mas a banda
não conseguiu se destacar nem em Belém, não se sabe se pelo nome (ficou clichê
demais dentre tantos calypsos), ou por ser muito iguais as outras que já
saturavam o mercado.
As faixas 45 e
46 trazem a Banda Tanakara, que teve o seu lugar ao sol, se apresentando em
vários programas de nível nacional, fazendo shows por todo o Brasil. De Belém,
Michelle e Marcelo, que inclusive eram namorados, lançaram muitos sucessos como
‘Caixa Postal’, ‘Chorei’, e a mais conhecida claro, ‘Tanakara’. Hoje eles não
namoram mais, ambos viraram apresentadores há um tempo atrás, a banda mudou
para melody em 2007, emplacou alguns sucessos no Pará, mas sumiu do mapa no
resto do Brasil.
Na
faixa 47, a
Planeta Calypso, de Recife, um projeto do grupo Pandang Produções, e irmãzinha
da ilustre Cavaleiros do Forró. Tocou, agitou, gravou DVD, mas dentro de um ano
com o declínio do ritmo calypso encerrou as atividades, mesmo com os pedidos
insistentes de vários fãs para uma volta. Definitivamente prejuízo não é uma
palavra que se encontra no dicionário de Alex Pandang.
Nas
faixas 48 a 50, temos a banda Vendaval, intitulada de ‘Arrastão do Brasil’, emplacou vários
sucessos, gravou 3 cds, fez várias
apresentações nacionais, teve como padrinhos Bruno e Marrone, chegaram onde muitas
não conseguiram chegar. Foi a primeira banda a gravar o hit ‘Patricinha’, que
inclusive teve seus direitos comprados pelo vocalista e proprietário Luciano
Guimarães. Do mesmo jeito que chegou como um vendaval, no final das contas
virou brisa, o motivo ninguém sabe. Hoje Luciano é casado com Ana Cristina (ex
– vocalista) viraram evangélicos, e não
querem nem mais saber de calypso.
O
profissional papudinho, de Roberto Vilar, é a nossa 51 faixa, e o seu maior
sucesso. Considerado o rei do calypso, foi ele quem praticamente adaptou o
ritmo do jeito que hoje ele é tocado no Brasil. Chimbinha da Banda Calypso
tocava em sua banda, e acompanhou todo o processo de ‘criação’ do ritmo calypso
ao lado de seu mestre.
A
faixa 52 é da Banda Veneno do Pará, que foi um projeto de Vanda Ravelly no
estado do Pernambuco. A banda foi muito bem, tocou muito e era parceira da
Swing do Pará. Vanda engravidou na época, foi pro Pará ter seu filho, e não
voltou as atividades da banda, logo depois foi convidada para integrar os
vocais da Tempero do Calypso ao lado de Lenne Bandeira.
A
faixa 53 é de Markinho e banda, de Belém. Não chegou a acontecer nacionalmente,
nem regionalmente, mas tocou muito em Belém, em seguida temos a Banda
Parámazon, de Tocantins, que foi um projeto com os ex- vocalistas da Banda
Lamazon, e tocou muito no Tocantins e interiores dos estados paraenses. O
curioso é que praticamente entre músicos, dançarinos e cantores, todo mundo que
já havia trabalhado na Lamazon, acabava indo para Parámazon ou vice- versa. A
banda acabou no inicio de 2008, sem motivos definidos e gravou um cd.Na
faixa 55, a
Banda Amazonas, uma das principais bandas de Belém. O ritmo da Amazonas é o
melody, entretanto ela teve uma fase de calypso. Entre altos e baixos, a banda
continua no melody até hoje.
Considerado
um dos maiores ícones do ritmo brega, Nelsinho Rodrigues é a nossa faixa 56. O
cantor como a maioria, adaptou o seu brega ao calypso, e fez muita gente dançar
ao som de seu gerêrê , que está nesta coletânea em calypso.
As
faixas 57 e 58, são de Kim Marques e Banda Parákaliente, uma das maiores referências
do brega e do calypso. O seu maior sucesso ‘Beija- flor’, é claro, não poderia
ficar de fora e para completar ‘par de chifres’, na voz de Kelly, antiga
vocalista da Banda.
Na faixa 59,
Michelle Mello, de Recife. Considerada a ‘Madona’ do Brega, a cantora
também entrou na onda do ritmo calypso
na época e até conseguiu se dar bem. A música ‘Habeas Corpus’ é seu maior
sucesso em calypso. Hoje
Michele está de volta à banda Metade, cantando tecnomelody. Na
faixa 60, o cantor Diogo, que é amigo de Joelma e Chimbinha. Uma grande
referência do brega e do brega calypso, apesar de não ter obtido tanto destaque
nacionalmente.A Banda
D’zafio, de Belém do Pará é a nossa 61 faixa, tocou muito em Belém, apesar de ter
começado no pagode, se destacou foi no ritmo calypso com os vocalistas Larissa
e Nano. A música ‘Impossível te amar’ que foi um grande sucesso da Companhia do
Calypso, foi gravada por eles primeiro. A banda chegou a gravar alguns melodys
e tentar uma transição, mas encerrou suas atividades no fim de 2007.
A faixa 62 é a
música ‘Chorar de Saudade’, da Banda As Leoas. Criada por Gilberto Barros, o
Leão, para dar uma oportunidade para suas assistentes de palco, aparecia
praticamente só no programa, mas apesar das críticas, a banda era legal,
tirando o fato de apenas haver uma cantora de fato (Raquel Leoa, que no ano de
2009 integrou os vocais da Cavaleiros do Forró), o resto servia apenas de
enfeite. A banda acabou em 2007, com o término do programa ‘Sabadaço’ e cada
leoa foi para um lado.
As faixas 63 e
64 são da Banda Companhia do Calypso, na voz da vocalista Mylla Karvalho.
Explico porque escolhi somente essas em meio a tantos sucessos da Companhia. Se
a coletânea é ‘calypso das antigas’, então as músicas obrigatoriamente têm que
ser de 2007 para baixo, onde se tocava o calypso das antigas mesmo.Lenne Bandeira já foi citada
aqui em seu trabalho solo, e em seu trabalho com a Tempero, inclusive com
músicas que ela cantava na Companhia, então para representar a Companhia,
deixei os sucessos na voz de Mylla: Semancol e Sem medo de falar (que também
foi gravado pela Banda Calypso e até hoje gera comparações).A banda conseguiu o
estrelato nacional entre os anos de 2004 e 2006 com o trio Lenne Mylla e
Robertinho e sofreu criticas logo após a saída de suas vocalistas, mas segue
até hoje firme, mesmo depois de tantas mudanças, luta para mostrar um calypso
original paraense.
Na faixa 65,
temos o sucesso ‘Gringo Lindo’ conhecido
por nós com a Banda Calypso, mas originalmente interpretado pela Banda Tribus,
do Pará. A banda que tinha como vocalista Vanda Ravelly, fez muito sucesso em
todo o Norte, mas depois de um tempo encerrou suas atividades.
Na faixa 66, temos a Banda Quero
Mais, que hoje toca em
melody. A faixa ‘Complicada’ foi sucesso com a Companhia do
Calypso em todo Brasil,
mas no norte tocou mesmo foi com a Quero Mais, que inclusive chegou a gravar um
DVD em São Paulo
que nunca saiu ( dizem as más línguas que a culpa foi da Banda Calypso).
Logo
em seguida, temos a Banda A taradinha, que tinha nos vocais Manú, ex- banda da loirinha, hoje na Banda
Batidão. A loirinha que tem uma voz muito parecida com Mylla Karvalho, era
morena e morava no nordeste, mas já mostrava que sabia cantar o calypso, tanto
é que chegou a cantar com Robertinho do Pará nos vocais de sua banda.
Na
faixa 68, temos a banda Calypso do Pará, praticamente uma cópia da Banda
Calypso, cantando as mesmas músicas, muitas vezes sendo levados à Polícia para
uma explicação. Muitos criticavam a banda falando que ela era ruim, mas não é bem
assim, toda e qualquer imitação amadora é ruim, quando imitavam eram muito
amadores, agora quando agiam com identidade eram muito bons, é o caso da faixa
‘Pare de ficar pra lá e pra cá’, que não é imitação e é muito boa. O sucesso
talvez tivesse vindo, se tivessem usado suas músicas e performances próprias.
Já
na 69 faixa, temos o rei do brega calypso, Adilson Moreno, cantor e compositor
de vários sucessos em calypso, como a música Brega Fó, logo em seguida vem a
faixa 70 que conta com a japonesinha do calypso Betty Max, com o sucesso de seu
marido o falecido e também cantor, Teddy Max. Os mesmos não chegaram a fazer
sucesso, mas a música é um clássico do brega calypso.
Para
fechar com chave de ouro esta coletânea, temos na faixa 71 a Banda Fogarel da Paixão com a canção Feitiço em seus olhos, que também foi gravada pela Companhia do Calypso. Eu sei que não deu para compilar todos os sucessos exatamente do ritmo Calypso por aqui, mas este é o volume 1, fiquem ligados que podem vir outros volumes ... o mais importante é mostrar que muitas músicas que pensamos que foram copiadas dos outros, não foram, são as originais, isso é muito bom para rever este ritmo tão gostoso que infelizmente cada dia mais fica um pouquinho para trás.
Um grande beijo da Patyzinha ;*